Panorama internacional

Grécia 'busca parceiros' para que UE acolha crianças de Gaza afetadas pela guerra, diz chanceler

A Europa tem o dever de acolher crianças feridas e traumatizadas pela guerra na Faixa de Gaza enquanto o conflito continuar, disse o ministro das Relações Exteriores da Grécia, George Gerapetritis, em entrevista à Reuters.
Sputnik
De acordo com a mídia, Gerapetritis está à procura de parceiros no que espera ser um projeto para levar temporariamente as crianças para a União Europeia (UE).
"Precisamos enfrentar esta tragédia com muita clareza. A Europa deveria estar aberta às pessoas feridas de [Gaza], mas também às crianças que agora enfrentam a fome ou outros tipos de perigos", afirmou o chanceler nesta quarta-feira (19).
No entanto, Gerapetritis sublinhou que a iniciativa não estava ligada à migração regular, que se tornou politicamente sensível na Europa e fortemente combatida por uma direita ressurgente.
"Esse é um apelo óbvio à ajuda humanitária. Não estamos falando aqui de migrantes econômicos ou de outros tipos de migração irregular", declarou.
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O chanceler, que está no cargo há um ano, não disse quantas pessoas poderiam ser acolhidas pela Grécia ou pela UE, mas afirmou que a questão estava em discussão com as autoridades palestinas, acrescentando que discutiu a ideia com o primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Mustafa, nesta semana.
Segundo a Reuters, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que muitos em Gaza enfrentam condições semelhantes às da fome, e que mais de 8.000 crianças com menos de cinco anos sofrem de desnutrição aguda. Além disso, o "impacto psicológico da guerra nas crianças é tremendo", afirmou Gerapetritis.
Atenas condenou o ataque de 7 de outubro por militantes do Hamas contra Israel, mas pediu a suspensão do ataque terrestre e aéreo de Israel a Gaza, que as autoridades palestinas dizem ter matado mais de 38 mil pessoas e destruído cidades inteiras.
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O ministro também declarou que conversou com os primeiros-ministros palestino e israelense nesta semana sobre maneiras de selar a paz e reconstruir Gaza.
"Não deveríamos esperar [...] que a guerra acabe para começar a discuti-la. Vai ser um projeto gigante e temos que desenvolvê-lo o mais cedo possível. Estou relativamente otimista de que, juntamente com o cessar-fogo que esperamos alcançar em um futuro muito próximo, a situação no mar Vermelho também se tornará muito melhor", disse Gerapetritis.
Nesta quarta-feira (19), confirmou-se que um navio grego foi afundado por houthis no mar Vermelho, em meio às ações do grupo militante do Iêmen em solidariedade aos palestinos em Gaza, conforme noticiado.
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