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Biden terá de provar que seu desejo por cessar-fogo em Gaza não é eleitoreiro, diz Erdogan

© AP Photo / Ahmad Al-rubayeRecep Tayyip Erdogan, presidente turco, durante coletiva em Bagdá. Iraque, 22 de abril de 2024
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Presidente turco diz que seu homólogo americano está passando por um "teste de sinceridade" ao comentar a resolução por um cessar-fogo no enclave, elaborada pelos EUA e aprovada no Conselho de Segurança da ONU.
O presidente dos EUA, Joe Biden, terá de provar que seu posicionamento em relação ao cessar-fogo na Faixa de Gaza não é meramente um investimento eleitoral, mas sim um desejo sincero de resolver o problema.
É o que declarou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em coletava a jornalistas na Itália, após a cúpula do G7, na qual comentou a resolução elaborada pelos EUA sobre o tema recentemente aprovada no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).
"Uma resolução do Conselho de Segurança da ONU é um passo, mas não é suficiente. Sabemos quantas decisões do Conselho no papel são ignoradas por Israel. Biden está agora passando por teste de sinceridade", disse Erdogan.
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O presidente turco acrescentou que "os EUA estão preocupados com a crescente arrogância", embora o governo Biden "não tenha expressado abertamente o seu descontentamento".
"As vozes públicas nas universidades americanas, nas ruas, entre estudantes e reitores mostram que uma certa transformação começou. E isso preocupa seriamente Israel", acrescentou.
Erdogan enfatizou que o reconhecimento do Estado palestino pelos membros do CSNU pode mudar o clima de violência no Oriente Médio, culpou a ONU pelos entraves à resolução do conflito entre Israel e o Hamas, e afirmou que se a organização deseja restaurar sua reputação, esta é uma "excelente oportunidade".
"Ao deter Israel, você não só trará a paz a Gaza, mas também colocará fim aos ataques israelenses ao sistema da ONU, ao direito internacional e aos direitos humanos. Essa responsabilidade recai, em primeiro lugar, sobre os ombros dos membros do Conselho de Segurança da ONU. Se não queremos que a ONU se torne algo semelhante à Liga das Nações, devemos garantir isso", sublinhou.
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