Panorama internacional

Indústria naval pede ação após houthis usarem nova tática e afundarem 2º navio no mar Vermelho

Após um segundo navio ser afundado no mar Vermelho por ações dos houthis, a indústria naval se uniu em um comunicado e pediu a países com influência que protejam suas embarcações.
Sputnik
O navio Tutor, de propriedade grega, atacado na região na semana passada, afundou, confirmou uma equipe de resgate marítima nesta quarta-feira (19).
Em novembro passado, militantes houthis lançaram pela primeira vez ataques com drones e mísseis na importante rota comercial, argumentando que as ações vão continuar até que Israel termine sua campanha militar na Faixa de Gaza.

"Estes ataques devem parar agora. Apelamos aos Estados com influência na região para assegurarem os nossos marinheiros inocentes e para a rápida desescalada da situação no mar Vermelho", disseram importantes grupos industriais navais em comunicado nesta quarta-feira (19), citado pela Reuters.

O Tutor foi atingido por mísseis e um barco controlado remotamente carregado de explosivos em 12 de junho, de acordo com fontes, incluindo empresas de segurança marítima e as Operações de Comércio Marítimo do Reino Unido (UKMTO, na sigla em inglês).
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Fontes da indústria de seguros disseram hoje que também havia uma preocupação crescente com o uso de drones navais de ataque pelos houthis, visto que essa tática não havia sido usada até então.

"Eles [os drones navais] são mais difíceis de defender e potencialmente mais letais quando atingem a linha d'água. O primeiro uso bem-sucedido de uma embarcação de superfície não tripulada representa um novo desafio para a navegação comercial em um ambiente já complexo", disse uma fonte da indústria, acrescentando que "os mísseis causaram – até o momento – principalmente danos ao convés e à superestrutura [dos navios]".

Apenas neste mês de junho, houve dez ataques, em comparação a cinco em maio, disse Munro Anderson, chefe de operações de risco de guerra marítima e especialista em seguros da Vessel Protect, ouvido pela mídia.

"É deplorável que marinheiros inocentes estejam sendo atacados enquanto simplesmente desempenham o seu trabalho, trabalhos vitais que mantêm o mundo aquecido, alimentado e vestido", afirmaram as principais associações marítimas no comunicado conjunto.

A campanha militar de Israel na Faixa de Gaza já deixou mais de 38 mil palestinos mortos, mulheres e crianças em sua maioria, segundo autoridades locais, enquanto o enclave vive uma profunda crise humanitária, na qual 3.500 crianças podem morrer por desnutrição e falta de ajuda. Do lado israelense, 1.200 pessoas foram mortas e cerca de 253 sequestradas.
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