Além da Procuradoria, Verbitsky é investigado pelo Serviço Nacional de Anticorrupção e pelo Bureau Nacional Anticorrupção na Ucrânia.
Jornalistas ucranianos descobriram propriedades e um Porsche pertencentes à namorada de Verbitsky, cujos valores não correspondem à renda recebida pelo vice-procurador. Além disso, ele vive em um bairro de luxo, numa casa oficialmente declarada em US$ 500 mil (R$ 2,7 milhões). O valor corresponde a um sexto do que é praticado pelo mercado.
O procurador-geral Kostin chegou a ser convocado pelo Parlamento ucraniano, mas não compareceu à sessão e ainda enviou uma carta ao presidente da Casa: no texto, defendeu que discutir a denúncia no Legislativo não era apropriado.
"No meu comunicado ao presidente da [Suprema] Rada [Parlamento ucraniano], eu chamei a atenção para essas circunstâncias, sugerindo adiar a discussão dessa situação até concluir a investigação oficial. Somente então decisões poderão ser tomadas", disse Kostin.
O procurador-geral acrescentou que, de acordo com a lei, não é obrigado a suspender seu vice das funções durante a investigação oficial.
"Tive uma conversa com o senhor Verbitsky. Ele apresentou seus argumentos e suas explicações sobre a situação. Ele está conduzindo uma série de investigações importantes, cujos envolvidos têm grande interesse em seu afastamento ou sua demissão", acrescentou.