A presidência da Coreia do Sul disse que analisará a possibilidade de fornecer armas à Ucrânia, informou a agência Yonhap, citando o diretor de Segurança Nacional sul-coreano Chang Ho-jin depois que Coreia do Norte e Rússia assinaram um pacto prometendo defesa mútua em caso de guerra.
"O governo expressa grave preocupação e condena a assinatura do Tratado de Parceria Estratégica Abrangente entre a Coreia do Norte e a Rússia, que visa fortalecer a cooperação militar e econômica mútua [...]. Planejamos reconsiderar a questão do apoio armamentista à Ucrânia", disse Chang em uma conferência de imprensa no gabinete presidencial hoje (20).
O diretor acrescentou que seu país manterá ambiguidade estratégica em relação aos tipos de armas.
"As medidas específicas serão reveladas mais tarde e será interessante ver como a Rússia responde, em vez de revelar os nossos planos antecipadamente", afirmou.
Seul também condenou o abrangente acordo de parceria estratégica dizendo que o mesmo viola as sanções das Organizações das Nações Unidas (ONU), segundo a mídia.
"O governo enfatiza claramente que qualquer cooperação que, direta ou indiretamente, ajude a Coreia do Norte a aumentar o seu poder militar é uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU [...]", afirmou o gabinete presidencial em um comunicado, acrescentando que tal violação pioraria as relações de Seul com Moscou.
Por fim, Chang informou que Seul vai aumentar as sanções contra Moscou. Atualmente, existem 1.159 artigos sujeitos a controles de exportação para a Rússia após o início da operação na Ucrânia, e Seul adicionará 243 novos artigos, elevando o total para 1.402 artigos sob sanções, escreve a mídia.
A Rússia já advertiu vários países de que qualquer carregamento incluindo armas destinadas a Kiev se tornará alvo legítimo para Forças Armadas russas.