Panorama internacional

EUA poderiam ocupar bases militares na Venezuela se direita assumisse o poder, afirma promotor

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou nesta sexta-feira (21) em entrevista à Sputnik que caso a direita chegue ao poder em seu país, os Estados Unidos poderiam assumir o controle das bases militares e das fronteiras venezuelanas.
Sputnik

"Quando estavam no poder, os partidos de direita praticavam terrorismo de Estado. As tropas americanas entrariam aqui, ocupariam nossas bases militares, as fronteiras, tal como fizeram em outros países."

O procurador alertou que um governo de direita atacaria todos os setores sociais da Venezuela. "Em um cenário de pesadelo, que não vai acontecer, se esse setor tomasse o poder, atacaria o povo da Venezuela, principalmente os setores mais vulneráveis."

"Além disso, semeariam medo e terror, acabariam com todos os planos sociais e os benefícios que nosso povo teve, praticariam o extermínio físico contra esses setores", completa.

Saab ressaltou que durante um século a Venezuela foi uma colônia dos EUA, momento em que a direita praticou a perseguição e o extermínio de militantes de esquerda. "Essa direita praticou terrorismo de Estado contra a esquerda, exterminando milhares de pessoas: fala-se em 5 mil assassinatos, 3 mil desaparecidos e 50 mil detidos ilegalmente."
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Ele afirma que os americanos "apelaram para invasões militares, bombardeios, bloqueios navais e golpes de Estado, além de tentativas de assassinato contra o presidente Nicolás Maduro".
Por outro lado, o procurador destacou que a chegada do ex-presidente Hugo Chávez ao poder, em 1998, foi um ponto de virada para o país, permitindo à Venezuela buscar novos parceiros estratégicos, como a Rússia e a China.

"O triunfo de Hugo Chávez começou a reverter essa situação, promovendo uma época de consciência e ação estratégica internacional, buscando a multipolaridade e fortalecendo laços com a Rússia, a China, países caribenhos e asiáticos, sem prejudicar uma relação respeitosa com os Estados Unidos", explicou Saab.

Ele concluiu elogiando a atuação de Chávez na busca pela multipolaridade, considerando-a "um exemplo global de coragem, patriotismo, lealdade e defesa de princípios".
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