A Armênia apoia uma resolução das Nações Unidas sobre um cessar-fogo imediato na guerra de Israel com o Hamas na Faixa de Gaza e é a favor da solução de dois Estados para dar fim ao conflito israelo-palestino, disse um comunicado do ministério das Relações Exteriores do país nesta sexta-feira (21), segundo a Reuters.
"Reafirmando sua lealdade ao direito internacional e aos princípios de igualdade, soberania e coexistência pacífica dos povos, a República da Armênia reconhece o Estado da Palestina", diz o texto da chancelaria.
A Autoridade Palestina, que exerce um autogoverno limitado na Cisjordânia sob ocupação militar israelense, saudou a decisão de Yerevan.
"Esse reconhecimento contribui positivamente para preservar a solução de dois Estados, que enfrenta desafios sistemáticos e promove a segurança, a paz e a estabilidade para todas as partes envolvidas", afirmou a presidência da autoridade em um comunicado, citado pela mídia.
No fim de maio, Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram oficialmente a Palestina como Estado, também com o argumento de contribuir para as negociações de paz, o que provocou indignação em Tel Aviv. No início de junho foi a vez de a Eslovênia acompanhar o entendimento.
O MRE de Israel convocou o embaixador armênio "para uma séria reprimenda" após o reconhecimento, informou um porta-voz da pasta em um informe, citado pelo jornal The Times of Israel.
Tel Aviv e Yerevan têm relações diplomáticas plenas, embora a relação seja complicada pela aliança de Israel com o Azerbaijão, que está envolvido em um conflito com a Armênia em torno do território de Nagorno-Karabakh.
De acordo com a lista fornecida pela Autoridade Palestina e os últimos anúncios feitos, com a Armênia, passam a ser 147 (de 193) os países-membros das Nações Unidas que reconhecem o Estado palestino.