Panorama internacional

Mídia: a decisão de Biden sobre as exportações de GNL criará dificuldades para a Ucrânia

A decisão do presidente dos EUA, Joe Biden, de suspender o procedimento de aprovação de novos contratos de exportação de gás natural liquefeito (GNL) cria dificuldades para a Ucrânia, relata a mídia norte-americana.
Sputnik
No início de junho, a empresa ucraniana D.Trading, criada pelo maior investidor privado na indústria energética ucraniana DTEK, assinou um acordo com a empresa norte-americana Venture Global para fornecer GNL dos EUA à Ucrânia e leste europeu. O contrato prevê apoio às necessidades de segurança energética a médio e longo prazo, bem como cooperação para facilitar o acesso às capacidades das centrais de regaseificação e dos gasodutos.

"A boa notícia: a Ucrânia fechou um grande acordo com um fornecedor de GNL dos EUA na semana passada para aliviar a dependência do leste europeu do gás natural russo. A má notícia: o presidente Biden está a impedir o sucesso do acordo", publicou o The Wall Street Journal.

A decisão do governo norte-americano de deixar de conceder licenças de exportação de combustíveis aplica-se ao terminal CP2 da Venture Global, do qual a Ucrânia planejava comprar até dois milhões de toneladas de gás por ano, acrescenta o jornal. Segundo o texto, caso Biden seja reeleito para um segundo mandato, tornará a moratória permanente.
A publicação sugere que as condições para a retomada tem dois pontos:
O Ministério da Energia do país deve estudar o impacto do gás no meio ambiente.
A chancelaria deve aprovar uma licença de exportação, uma vez que a Ucrânia não possui um acordo de livre comércio.
Esses requisitos são impostos para garantir que a transação seja de "interesse público". Além disso, o jornal observa que antes disso, Biden se posicionou como um aliado confiável da Ucrânia, no entanto, "as exportações de GNL mostram que a sua principal lealdade é para com o lobby climático".
O texto diz ainda que, apesar das tentativas da Europa de diversificar o seu abastecimento energético desde o início da operação militar especial russa, muitas nações continuam a depender do gás da Rússia, através de um gasoduto que passa pelo território da Ucrânia.
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"A Rússia ainda representa cerca de 15% do fornecimento de gás à Europa. No mês passado, no meio de problemas numa fábrica de GNL dos EUA, a Europa importou mais gás da Rússia do que dos Estados Unidos pela primeira vez em quase dois anos. Se os europeus não conseguirem obter gás dos Estados Unidos, terão de recorrer à Rússia. O mesmo se aplica a outros países", sublinha a mídia.
As importações de GNL russo para a Europa aumentaram na sequência das restrições impostas pela UE aos recursos energéticos russos. No entanto, em 21 de junho, representantes permanentes dos países da União Europeia chegaram ao acordo sobre o 14º pacote de sanções contra a Rússia. As restrições afetariam pela primeira vez o fornecimento de GNL russo.
Moscou indicou repetidamente que a UE cometeu um erro grave ao renunciar à aquisição de hidrocarbonetos russos. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que o seu país não nega a ninguém o fornecimento dos seus recursos energéticos. Nas suas palavras, a Europa esperava que, se não recebesse o gás russo, a Rússia entraria em colapso, mas, em vez disso, processos irreversíveis estão a começar a ter lugar nos seus estados.
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