"Acho que até o meio do próximo ano começaremos os ensaios clínicos da vacina com a participação de pacientes com câncer", disse Gintsburg.
O diretor pontuou que a vacina está na fase de estudos pré-clínicos em camundongos, e a tecnologia é desenvolvida não apenas para prolongar a vida dos animais com melanoma em 2-3 vezes, mas para criar medicamentos que permitam a destruição garantida tanto do tumor quanto das metástases.
Segundo Gintsburg, se for possível desenvolver essa tecnologia, a vacina ajudará pacientes com câncer de pulmão, pâncreas, além de alguns tipos de câncer renal e melanomas. Conforme o especialista, as metástases nestas doenças aparecem em estágios iniciais e, com isso, o imunizante será crucial durante o tratamento.
Médicos russos quebraram recorde mundial
Em março, médicos de uma das maiores instalações oncológicas da Rússia fizeram um avanço ao remover um número recorde de metástases pulmonares com uma técnica patenteada localmente chamada "quimio perfusão isolada".
Os especialistas conseguiram eliminar 170 metástases pulmonares de um homem de 37 anos por meio de uma série de seis cirurgias.
Metástases ocorrem quando células cancerígenas se desprendem do tumor primário e se espalham pela corrente sanguínea ou pelo sistema linfático, potencialmente formando novos tumores em locais distantes do corpo. Além disso, podem surgir quando células cancerígenas migram para órgãos próximos, como o fígado, pulmões ou ossos, onde se instalam e proliferam.
"Não há análogos na oncologia mundial para este caso", pontuou à época comunicado do Centro Nacional de Pesquisa Médica de Oncologia N.N. Petrov.