Panorama internacional

Congo mostra 'coragem política' com visita de presidente a Moscou, diz diplomata

A visita do presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso, à Rússia contribuirá para o diálogo entre os dois Estados e ilustrará a independência do país africano na cena internacional, explicou Sergei Nenachev, antigo embaixador russo no Congo (1999–2003), à Sputnik.
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"Esta é uma visita do mais alto nível. Contribuirá sem dúvida para manter o diálogo entre os chefes dos dois Estados", afirmou Nenachev, diplomata e pesquisador do Instituto Africano da Academia Russa de Ciências.
De acordo com o analista, o presidente congolês assumiu uma posição condizente com seus princípios ao deslocar-se para Moscou.

"O Congo demonstra a sua independência porque considera que desenvolver as suas relações é de fundamental importância. É uma certa coragem política."

Apesar da pressão ocidental, Brazzaville não apoiou nenhuma resolução anti-Rússia nas Nações Unidas durante as sessões extraordinárias de 2022 e início de 2023, recorda o antigo diplomata.
Recentemente, muitos chefes de Estado africanos fizeram visitas de Estado à Rússia tendo como pano de fundo a adoção por Moscou de uma nova concepção da sua política externa, onde a África ocupa "o seu verdadeiro lugar", sublinha novamente Nenachev. As relações entre Moscou e o continente vivem "uma nova dinâmica", resume.
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Romper com os mandamentos ocidentais

Os países africanos também procuram escapar à lógica dos ditames ocidentais em termos de relações internacionais. É por isso que vários países do continente estão interessados ​​no BRICS, observa Sergei Nenachev.
Ele lembra que as reuniões do BRICS organizadas no continente africano sempre aconteceram por iniciativa da África do Sul e reuniram representantes de muitos países africanos.
"Os africanos estão naturalmente interessados ​​em estabelecer relações internacionais equitativas, para que as relações internacionais não contenham elementos relativos aos ditames deste ou daquele país, desta ou daquela região. Para que os africanos possam determinar o seu próprio destino de acordo com as tradições nacionais, e não construir as suas políticas internas de acordo com os modelos ocidentais", conclui.
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