A mídia local relatou a presença de militares na Praça Murillo, espaço central da cidade onde estão localizados os prédios do governo. Arce apelou ao respeito pela democracia, e o ex-presidente Evo Morales denunciou uma tentativa de golpe liderada pelo general do Exército, Zúñiga.
Após a reunião com Arce, o general Zúñiga e os militares deixaram o prédio do governo, enquanto o ministro do governo da Bolívia, Carlos Eduardo del Castillo, junto com outras autoridades, que ficaram na porta, conforme relatado pelo portal de notícias.
Acusado de planejar a tentativa de golpe, o general Juan José Zúñiga disse anteriormente que o objetivo da ação ilegal era "recuperar a nossa pátria".
Bolívia pede apoio da comunidade internacional
A chanceler boliviana Celinda Sosa se pronunciou sobre a situação e pediu o apoio da comunidade internacional frente à tentativa de golpe em curso no país.
"O Estado Plurinacional da Bolívia denuncia, perante a comunidade internacional, as mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército boliviano que ameaçam a democracia, a paz e a segurança do país. Fazemos um apelo à comunidade internacional e à população boliviana para que respeitem os valores democráticos e apoiem o governo do irmão presidente Luis Arce Catacora, constitucionalmente eleito pela vontade soberana do povo boliviano", declarou.
Acusado de planejar a tentativa de golpe, o general Juan José Zúñiga teria se reunido com o presidente boliviano e deixado o prédio do governo após a conversa. "Vamos recuperar a nossa pátria", teria declarado Zúñiga anteriormente. O ministro do Interior, Carlos Eduardo del Castillo, e autoridades fizeram uma barricada na porta.
O presidente Arce denunciou movimentações irregulares de militares na Praça Murillo, em La Paz. Já a homóloga de Honduras, Xiomara Castro, que também é presidente temporária da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), convocou as lideranças dos países do grupo a "condenar o fascismo" que atenta contra a democracia na Bolívia.