O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em pronunciamento, convocou o povo boliviano a defender sua democracia e Constituição e o presidente Arce. "É importante defender a paz e a estabilidade. A Bolívia conta com o apoio de toda a América Latina. O golpe deve acabar", afirmou.
Em comunicado separado, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, descreveu as imagens vindas da Bolívia como "indignantes".
Líderes de Paraguai, Uruguai, Peru, Chile, México, Colômbia, Honduras e também Espanha emitiram declarações públicas rejeitando a tentativa de golpe e expressando apoio a Arce.
O governo do Brasil, em declaração do Ministério das Relações Exteriores, também fez a condenação e manifestou apoio e solidariedade a Arce e ao povo boliviano.
A presidente de Honduras, Xiomara Castro, apelou aos líderes da América Latina e Caribe para apoiarem a democracia na Bolívia, condenando o "fascismo" que atacava a democracia boliviana.
Repercussão internacional
Josep Borrell, chefe da política externa da União Europeia, condenou qualquer tentativa de minar a ordem constitucional na Bolívia e de derrubar governos democraticamente eleitos, expressando solidariedade ao governo e ao povo boliviano.
Até mesmo entre a oposição boliviana houve apoio. Luis Fernando Camacho, líder da oposição no Congresso boliviano, afirmou seu respeito pela democracia do país, e a ex-senadora Jeanine Áñez condenou a mobilização militar, apelando à defesa da democracia através do voto em 2025.
Tentativa de golpe na Bolívia
O ex-presidente boliviano Evo Morales informou em suas redes sociais que unidades militares e veículos blindados leves estavam sendo posicionados em frente ao Palacio Quemado, sede do governo.
A tentativa de golpe de Estado foi feita pelas forças militares comandadas pelo general do Exército Juan José Zúñiga, a partir da praça Murillo, em La Paz.
Um grupo de soldados liderados por Zúñiga ficou de prontidão na frente do palácio e chegou a avançar com um tanque em sua direção.