"Não excluímos que tudo isso tenha sido incentivado, ditado por interesses externos. Não excluímos isso. Em relação ao nosso país, sempre houve interesse em controlar o poder político para saquear os recursos naturais", disse o ministro.
"O interesse do general Juan José Zúñiga era assumir o governo pela força, uma ação que demonstra que ele queria se tornar um presidente ilegítimo. Infelizmente, ele foi apoiado por alguns líderes militares", enfatizou o ministro.
"Na área da Inteligência Militar, que deveria reportar qualquer movimentação irregular de tropas, havia simplesmente alguém de muita confiança do general Zúñiga. Na verdade, a Inteligência Militar trabalhava para o comandante do Exército e nunca repassava informações ao Ministério da Defesa, muito menos ao presidente do Estado", relatou.
"A Bolívia é um país que tem muitos interesses internacionais, porque é a maior reserva de lítio do mundo. E tem outros minerais de muita importância, além de ter gás. É preciso que a gente tenha em mente que tem interesse em dar golpe", afirmou ele em entrevista à Rádio Itatiaia divulgada pelo Planalto.