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Haddad prevê ciclo com menor média de inflação desde o início do Plano Real

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quinta-feira (27) que aposta na menor taxa de inflação anual média em um ciclo de governo, de 4% ao ano, na maior taxa de investimento da década.
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Ele discursou na 3ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, que abordou os desafios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos meses.

"Tenho a firme convicção de que podemos chegar ao próximo ano com o melhor ciclo de crescimento econômico em uma década, na média 2,5% ao ano, e com o menor nível de desemprego da década, abaixo de 7%", afirmou. "Já estamos com a menor taxa de desocupação desde 2014. Mantendo o crescimento econômico no patamar acima de 2% ao ano, devemos nos aproximar das mínimas históricas até 2026. As expectativas também indicam que teremos a menor taxa de inflação anual média em um ciclo de governo em toda a história do Plano Real, abaixo de 4% ao ano", prosseguiu ele.

O ministro deu exemplos para justificar tamanho otimismo, como o crescimento de 2,9% do PIB em 2023, superior ao previsto, de 0,8%; o menor patamar histórico de desemprego, próximo de 7,5%; e o aumento dos rendimentos do trabalho (R$ 3.150).
"A inflação está dentro do limite da meta [3,9%] e bem inferior ao que os brasileiros vivenciaram no passado. Isso tudo sem perder de vista a estabilização da dívida bruta, prevista para ocorrer já em 2028."
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Ele também citou a aprovação da reforma tributária pelo Congresso, ao frisar que esta garantirá o fim da guerra fiscal e mais previsibilidade, simplicidade e eficiência ao sistema tributário brasileiro.

"Implementamos nesse período ações fundamentais para garantir o equilíbrio fiscal com justiça social e a visão de país escolhida nas urnas. Tributamos as offshores e os fundos exclusivos, demos novo tratamento tributário para subvenções, além de regularizar os precatórios que foram alvo de calote do governo anterior", elencou ele.

O aumento do salário mínimo, com reajuste a partir da inflação e do crescimento real do PIB, e o aumento da isenção do imposto de renda também foram citados por Haddad em seu discurso, além do aumento do valor pago pelo Bolsa Família, de R$ 88 bilhões para R$ 166 bilhões.

"O Desenrola [programa de renegociação de dívidas] foi algo extraordinário nesse sentido, porque colocou novamente no azul milhões de brasileiros atolados em dívidas de difícil quitação, muitas vezes movidas por juros impagáveis. Foram renegociados mais de R$ 53 bilhões em dívidas, 0,5% do PIB, diminuindo em 8,7% a inadimplência entre os mais pobres, principalmente do CadÚnico", seguiu.

Haddad reiterou que o governo reconhece a necessidade de encarar as pressões do gasto público, sem esquecer dos mais vulneráveis:
"Temos que reconhecer que, infelizmente, o cenário externo se agravou, com a manutenção da meta da taxa de juros dos EUA. Isso nos traz desafios enormes, assim como para outros países. Entre os efeitos imediatos estão a desvalorização do câmbio, a pressão inflacionária e a menor perspectiva de redução dos juros no Brasil", completou.
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