Panorama internacional

Analista explica como Rússia pode responder às ações dos EUA após o cancelamento do Tratado INF

Uma versão de míssil com alcance aumentado para o sistema Iskander-M e um novo sistema de médio alcance baseado em um dos sistemas móveis de mísseis terrestres podem ser desenvolvidos na Rússia em resposta à implantação pelos EUA de mísseis de médio e curto alcance perto da fronteira russa, disse à Sputnik o analista militar Igor Korotchenko.
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Ontem (28), o presidente russo Vladimir Putin disse em uma reunião operacional com os membros permanentes do Conselho de Segurança da Rússia que Moscou, pelo visto, precisa iniciar a produção de mísseis de médio e curto alcance de baseamento terrestre e tomar decisões sobre a sua implantação, reagindo às ações dos EUA relacionadas ao abandono do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês).
"Em primeiro lugar, é possível aumentar as características tático-técnicas do sistema Iskander-M no que diz respeito aos seus mísseis aerobalístico e de cruzeiro, de modo a tornar o alcance do lançamento muito maior, do que as existentes", disse o especialista.
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Além disso, de acordo com Korotchenko, sob essas mesmas condições, é possível criar um sistema de mísseis de médio alcance com base em um dos sistemas móveis de mísseis terrestres desenvolvidos pela corporação Instituto de Tecnologia Térmica de Moscou.
Como uma das tarefas mais importantes na criação de uma nova geração de sistemas de mísseis russos, o analista destacou a salvaguarda de sua mobilidade. Isso permitirá que eles sejam dispersos na área de posicionamento durante o serviço de combate. Além disso, aumentará a sua dissimulação e dificultará ao máximo que sejam detectados por meios de reconhecimento espacial do adversário.
"Vale relembrar que, ao implantar, por exemplo, os referidos sistemas no leste da Rússia, podemos manter na mira uma série de alvos militares dos EUA no Alasca e garantir, se necessário, a supressão das bases militares americanas nos países que apoiam a política agressiva dos EUA contra a Rússia na região Ásia-Pacífico", concluiu o analista militar.
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