A declaração foi dada pelo vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, em resposta a um recente anúncio da Liga Árabe, que decidiu não classificar mais o grupo como terrorista.
"Acreditamos que não há razão para tomar medidas para remover tal designação, e continuamos a instar governos de todo o mundo a designarem, banirem ou restringirem o Hezbollah", disse Patel durante coletiva de imprensa.
Patel destacou que o Departamento de Estado avalia a decisão da Liga Árabe, mas reafirmou que o Hezbollah continua sendo uma organização terrorista perigosa e uma força "desestabilizadora" no Oriente Médio.
A decisão da Liga Árabe é tomada em um momento de crescente tensão na região, já que a mídia ocidental tem reportado que Israel pode lançar uma ofensiva militar contra o Hezbollah no sul do Líbano na segunda metade de julho. Em 18 de junho, Tel Aviv anunciou que havia aprovado planos operacionais para essa investida.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou posteriormente que o país estava muito próximo de uma decisão de "mudar as regras" contra o Hezbollah e o Líbano, ameaçando destruir o movimento em uma guerra total e atingir severamente o Estado.
Em resposta, o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, declarou que o movimento poderia avançar sobre o norte de Israel se o conflito se intensificasse.