De acordo com o Financial Times (FT), "o plano piloto para 'enclaves humanitários' — um modelo que Israel imagina que se seguiria à guerra — será lançado nos bairros de Atatra, Beit Hanoun e Beit Lahia, no norte de Gaza".
Segundo a apuração, existe um "ceticismo generalizado" sobre a viabilidade desse projeto, devido à "violenta oposição do Hamas, às lutas internas sobre os detalhes do governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e à falta de entusiasmo dos Estados árabes".
"Já tentamos fazer isso em três áreas diferentes do centro e do norte de Gaza, inclusive com clãs locais. Todos foram derrotados ou mortos pelo Hamas", disse ao jornal um ex-funcionário de alto escalão israelense familiarizado com o plano.
Segundo outra fonte, os israelenses nutrem a ideia de que haverá palestinos capazes de governar a Faixa após a derrota do Hamas, e que os países árabes ou a comunidade internacional estariam dispostos a pagar por isso, mas "ninguém morde a isca".
Em 7 de outubro, um ataque coordenado pelo Hamas a mais de 20 comunidades israelenses resultou em aproximadamente 1.200 mortes, cerca de 5.500 feridos e na captura de 253 reféns, cerca de 100 dos quais foram posteriormente libertados em trocas de prisioneiros.
Em retaliação, Israel lançou uma declaração de guerra contra o Hamas e lançou uma série de bombardeios em Gaza, que até agora deixou cerca de 37.900 palestinos mortos e quase 87.000 feridos.
A Rússia e outros países instam Israel e o Hamas a concordarem com um cessar-fogo e a defenderem uma solução de dois Estados, aprovada pela ONU em 1947, como a única forma possível de alcançar uma paz duradoura na região.
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