As promessas de campanha de Donald Trump de resolver rapidamente o conflito ucraniano também pressionam Kiev a organizar uma provocação que poderia levar as potências ocidentais a enviarem mais armas e dinheiro para a Ucrânia, sugere.
"Em primeiro lugar, Kiev pretende ampliar a geografia do conflito, arrastando Belarus e envolvendo a Polônia", explicou. "Em segundo lugar, quer destacar que, durante a campanha eleitoral nos Estados Unidos, se Joe Biden não tomar medidas radicais, Donald Trump poderia encerrar o conflito [se eleito presidente] e iniciar investigações sobre os assuntos familiares dos Biden na Ucrânia", acrescentou.
Koshkin acrescenta que a Ucrânia deseja enviar um sinal à Europa de que se esta não ajudar, não vai defender a "democracia europeia".
O especialista disse duvidar da capacidade da Ucrânia de provocar um confronto militar direto com o país vizinho. No entanto as tropas ucranianas concentradas na fronteira preocupam tanto Minsk como Moscou e desestabilizam a situação na região, observa.
Horas antes, o alto comando militar belarusso advertiu que a presença das forças ucranianas na fronteira aumenta o risco de possíveis provocações armadas.
"Diante da concentração de unidades especiais, mercenários e diversos grupos de voluntários, a probabilidade de provocações armadas no território belarusso permanece elevada", comunicou o vice-chefe do Estado-Maior de Belarus, major-general Vladimir Kupriyaniuk, em uma conferência de imprensa.
De acordo com um relatório da Guarda de Fronteira belarussa, Kiev tem mobilizado tropas, artilharia pesada, lançadores de foguetes e outros equipamentos para a fronteira. Kupriyaniuk especificou que a Ucrânia atualmente tem mais de 115 mil soldados em sua fronteira norte, sendo 15 mil nos limites com Belarus.