É o que aponta uma publicação da ABC News emitida neste domingo (7).
Segundo o veículo norte-americano, "mais pessoas estão se manifestando, argumentando que Biden precisa fazer mais do que simplesmente desistir da corrida presidencial".
A publicação diz que o cofundador e presidente-executivo da Netflix, Reed Hastings, que pediu a renúncia de Biden após o debate, dobrou seu apelo após a entrevista.
"Infelizmente, Biden nega seu estado mental. Ele precisa se afastar para permitir que um vigoroso líder democrata derrote Trump", disse ele em comunicado à ABC News.
A ABC News disse que conversou com o ex-CEO do PayPal, Bill Harris, imediatamente após assistir à entrevista da ABC na noite de sexta-feira. Harris, que doou US$ 620 mil ao Biden Victory Fund em 2020, disse que Biden "parecia velho" na entrevista e que isso poderia desanimar os eleitores democratas, que estão cada vez mais céticos.
Harris acrescentou que acredita que, com base na entrevista de sexta-feira e no desempenho do debate, a perspectiva de Biden se afastar é "inevitável".
Antes da entrevista, Harris anunciou que um comitê de ação política (PAC) – Democratas para a Próxima Geração – que ele fundou está doando US$ 2 milhões (aproximadamente, R$ 10 milhões) "para financiar uma série de debates entre candidatos proeminentes para se tornar o candidato democrata à presidência se Biden fracassar. Acho que qualquer pessoa que tivesse visto a entrevista hoje e o debate há algum tempo ficaria claro que o recuo do presidente Biden é inevitável. E então o que temos que pensar é, ok, qual é o próximo passo?", arguiu.
Whitney Tilson, um investidor que disse ter doado mais de US$ 100 mil (aproximadamente, R$ 500 mil) anualmente aos democratas durante muitos anos, disse à ABC News antes da entrevista de sexta-feira: "Mesmo uma grande entrevista não vai mudar minha opinião de que é altamente improvável que ele consiga derrotar Donald Trump em novembro, com base na minha leitura do povo americano."