A datação exata do sítio arqueológico do início da Idade do Ferro foi possível graças a um óbolo de cobre – ou seja uma moeda da Grécia Antiga. Durante o exame do local, o voluntário da expedição arqueológica de Tula Yuri Petrov determinou a datação da moeda: foi cunhada em Panticapeu no período entre 275-245 a.C., é feita de liga de cobre e tem um peso de 1,98 grama.
O antigo assentamento se situa no território de Grande Tula, perto da vila de Strukovo. O monumento é de camada única. Segundo os arqueólogos, a vida nele ocorreu durante um breve período de tempo nos séculos IV – III a.C.
O castro em si possui uma área relativamente pequena (55x25 metros), mas tem fortificações impressionantes, que depois de quase 2.500 anos são bem preservadas: do lado do campo o castro era protegido por três aterros e três fossas, a mesma estrutura protetora era formada do lado do rio. A altura dos aterros atinge 2 metros e a profundidade das fossas até 1,5 metro. Atrás dos aterros havia um grande assentamento, que compõe um único complexo arqueológico.
Óbolo de liga de cobre do Reino do Bósforo dos tempos de Perisad II. Foi cunhado em Panticapeu no período entre 275-245 a.C.
© Foto / Yuri Petrov
"Aqui habitavam representantes da cultura de Yukhnov – uma daquelas que existiram durante o início da Idade do Ferro na área florestal da parte europeia da Rússia", disse Yevgeny Stolyarov, candidato em ciências históricas e chefe do Departamento de Pesquisa Arqueológica do museu Kulikovo Pole.
Ele explicou que os habitantes deste local se defendiam de seus próprios vizinhos da mesma tribo, que poderiam atacar a qualquer momento, levar gado ou, por exemplo, algum artesão especialista em metais não ferrosos, já que naquela época não havia nem ouro nem prata, a maior riqueza eram as pessoas e o gado.
Óbolo de liga de cobre do Reino do Bósforo dos tempos de Perisad II. Foi cunhado em Panticapeu no período entre 275-245 a.C.
© Foto / Yuri Petrov
Segundo ele, o próprio castro, fortificado por todos os lados, desempenhava o papel de um abrigo e algum lugar de culto, onde estava armazenado o que era mais valioso.