"Não é um escritório formal ou representação como está sendo promovido, mas uma sede para membros do movimento que anteriormente ficavam em um dos hotéis em Bagdá. O Iraque está interessado em garantir que o grupo não tenha atividades hostis contra qualquer país a partir do território iraquiano", enfatizou o oficial.
O novo escritório está situado no distrito de Al-Jadriya, cerca de dois quilômetros da fortificada Zona Verde, que inclui o complexo da Embaixada dos EUA e outras embaixadas estrangeiras. O local foi inaugurado pelo oficial houthi Abu Idris al-Sharafi, um associado do líder sênior houthi Mohammed Ali al-Houthi, e um defensor-chave dos houthis com o Iraque.
Os houthis têm paralisado parcialmente o tráfego marítimo no mar Vermelho, por meio de ataques a todos os navios mercantes e navios de guerra ligados a Israel até que Tel Aviv interrompa a guerra em Gaza.
Embora controlem a maior parte do oeste do Iêmen, os houthis não são reconhecidos como autoridade estatal pela maioria dos países, que reconhece o Conselho de Liderança Presidencial com sede em Áden como o governo oficial do Iêmen.
Uma delegação houthi, liderada por Abu Idris al-Sharafi, visitou a sede das Forças de Mobilização Popular do Iraque na sexta-feira passada (5), com o líder da milícia iemenita caracterizando as milícias iemenitas e iraquianas como uma "unidade inseparável". Durante o fim de semana, Abu Idris al-Sharafi visitou tribos em Samawah e outras províncias do sul do Iraque.
Os houthis têm interagido com autoridades iraquianas pelo menos desde 2016, embora o governo oficial de Bagdá tenha expressado o desejo de evitar ser diretamente envolvido em qualquer conflito com os EUA ou Israel.
As ações dos houthis têm retardado o fluxo de navios de propriedade e com destino a Israel através do mar Vermelho, o que resulta na queda de 85% da atividade comercial do porto Eilat, em Israel.