Alguns dos principais doadores democratas congelaram pelo menos US$ 90 milhões (R$ 488,62 milhões) em doações prometidas até que o Partido Democrata substitua Joe Biden, presidente dos EUA, como seu candidato para a eleição presidencial de novembro, indicou na sexta-feira (12) o jornal norte-americano The New York Times (NYT).
"Esse é um dos exemplos mais concretos das consequências do fraco desempenho do presidente Biden no debate [presidencial com Donald Trump]", diz o jornal.
Os doadores teriam comunicado essa decisão ao Future Forward, o comitê de ação política por trás da campanha de Biden, informa o NYT, citando duas fontes.
O congelamento do financiamento ocorreu em um momento em que Biden, de 81 anos, esperava encerrar a crise interna do partido com sua participação em uma coletiva de imprensa à margem da cúpula da OTAN. No entanto, uma série de gafes, como a referência errônea à vice-presidente Kamala Harris como "vice-presidente Trump", e ideias inconclusivas, lançaram uma sombra sobre seu desempenho e aprofundaram a série de deserções entre os democratas.
Assim que a coletiva de imprensa terminou, três membros da Câmara dos Representantes se juntaram a seus colegas pedindo a Biden que abandonasse suas ambições de reeleição. Entre eles está Jim Himes, principal democrata do Comitê de Inteligência.