O ataque teve como alvo o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, relata a Reuters. No entanto, não ficou claro se Deif foi morto.
Deif sobreviveu a sete tentativas de assassinato, a mais recente em 2021, e está no topo da lista dos mais procurados de Israel há décadas. Subindo na hierarquia do Hamas ao longo de 30 anos, ele desenvolveu a rede de túneis do grupo e sua experiência na fabricação de bombas, dizem fontes do Hamas.
"Ainda estamos checando e verificando os resultados do ataque", disse um oficial militar israelense a repórteres.
O Hamas afirmou em um comunicado que as alegações israelenses de que havia atacado líderes do grupo eram falsas e tinham como objetivo justificar o ataque, que foi a ação israelense mais mortal em Gaza em semanas. Inicialmente, foi anunciado que o ataque teria deixado cerca de 70 mortos e 289 feridos, mas os números foram atualizados mais tarde.
Pessoas deslocadas abrigadas na área disseram que suas tendas foram derrubadas pela força do ataque, descrevendo corpos e partes de corpos espalhados no chão.
"Eu não conseguia nem dizer onde estava ou o que estava acontecendo. Saí da tenda e olhei ao redor, todas as tendas estavam derrubadas, partes de corpos, corpos por todo lado, mulheres idosas jogadas no chão, crianças pequenas em pedaços", disse Sheikh Youssef, morador da Cidade de Gaza que atualmente está deslocado na área de Al-Mawasi.
Separadamente, também neste sábado (13), pelo menos 17 palestinos foram mortos em um ataque israelense a um salão de orações em um campo de deslocados de Gaza, no oeste da Cidade de Gaza, disseram autoridades de saúde palestinas.
Testemunhas disseram que o ataque de Khan Younis foi uma surpresa, pois a área estava calma, acrescentando que mais de um míssil havia sido disparado. Alguns dos feridos que estavam sendo evacuados eram socorristas, disseram.
"Eles se foram todos, minha família inteira se foi [...] onde estão meus irmãos? Eles se foram todos, eles se foram todos. Não sobrou ninguém", disse uma mulher chorosa à mídia, que não deu seu nome.
Em uma campanha militar que já dura nove meses desde o ataque do Hamas em 7 de outubro do ano passado, quando militantes mataram 1.200 israelenses e fizeram mais de 250 reféns, Israel matou mais de 38 mil palestinos, deixou feridos mais de 80 mil, 6 mil estão desaparecidos e dezenas de milhares sem casa, dizem autoridades palestinas do enclave.