O Serviço Secreto foi bastante mais lento a acudir ao ex-presidente norte-americano Donald Trump (2017-2021) do que o esperado, o que levanta suspeitas, avaliou um ex-oficial de guerra psicológica do Exército dos EUA e analista de contraterrorismo do Departamento de Estado do país.
"O Serviço Secreto foi de forma notável, se não suspeita, muito lento em sua proteção do presidente [Trump], parecido como eles foram lentos em proteger o presidente John F. Kennedy [1961-1963] quando ele foi baleado no Texas", disse Scott Bennett à Sputnik.
"O mais suspeito foi que, no caso de Trump, o Serviço Secreto não respondeu aos relatos sobre um atirador rastejando com uma arma no telhado próximo, como testemunhas relataram", continuou o especialista.
Após o incidente, surgiram várias teorias, que vão desde Trump encenando sua tentativa de assassinato até o presidente Biden ordenando o ataque ao rival político. Republicanos e democratas estão apontando o dedo uns para os outros.
"Durante essa tentativa de assassinato, o atirador acabou por unificar, inspirar e encorajar os conservadores republicanos e o bloco de eleitores moderados [patriotas] nos Estados Unidos a apoiar Trump; e demonizou todos os políticos, a mídia e outros grupos que não gostam dele ou o difamam", notou Bennett.
À medida que Trump se torna um "super-herói" aos olhos de seus apoiadores, se pode esperar a vitória do republicano em novembro, prevê o ex-oficial. Ele não descarta a possibilidade de confrontos políticos em forma de uma possível guerra civil entre os partidos republicano e democrata na véspera da eleição.