"Esta visita representa o ponto alto da celebração dos 150 anos da imigração italiana, que tornou as trajetórias dos nossos países para sempre indissociáveis. Esses laços se reforçam por meio de demonstrações de amizade e solidariedade, como ocorreu em relação às enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul. Somos muito gratos pela doação de 25 toneladas de ajuda humanitária que recebemos do governo da Itália. O material doado certamente aliviou a enorme perda sofrida pela população gaúcha, que reúne uma parcela numerosa dos mais de 35 milhões de descendentes de italianos no Brasil", ressaltou o petista.
Retomada do fluxo de comércio e investimentos
"Compartilhei com o presidente Mattarella o desejo de diversificar a pauta e incrementar as exportações brasileiras. A retomada, em breve, do Conselho Brasil-Itália de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, Industrial e Financeiro poderá contribuir muito nesse sentido. Como fiz na recente cúpula do Mercosul em Assunção, reiterei ao presidente italiano o interesse do Brasil em concluir, o quanto antes, um acordo com a União Europeia [UE] que seja equilibrado e que contribua para o desenvolvimento das duas regiões", acrescentou.
Parceria da Itália com a Embraer
"Desde o início deste mandato trabalhamos para atrair ainda mais investimentos. Vemos interesse renovado da indústria automotiva pelo Brasil. No ano passado, o grupo Stellantis, resultante da fusão da Fiat Chrysler e da Peugeot, anunciou R$ 30 bilhões para modernização e ampliação de suas fábricas no Brasil. É o maior investimento da indústria automotiva em toda a América do Sul. Um setor em que a Itália já está bem posicionada é o de energia. Os parques eólicos e fotovoltaicos de empresas italianas e o interesse delas em hidrogênio verde mostram o potencial a ser explorado nessa área. Um exemplo é o investimento de mais de R$ 2 bilhões no Complexo Eólico Aroeira, na Bahia, feito pela Enel. Abrir novas frentes de cooperação não significa abandonar nossa tradicional colaboração em outras áreas", finalizou.