Em 2022, o lucro foi de R$ 12,7 bilhões. Os dados foram apresentados pelo Conselho Curador do FGTS na apresentação das demonstrações financeiras do exercício do Fundo de 2023.
De acordo com o Ministério de Trabalho e Emprego, o resultado se deve a retornos recorrentes de aplicações e de retornos de operações de crédito, em razão também do acordo firmado do Fundo de Investimento Imobiliário (FII) Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, que contribuiu com R$ 6,5 bilhões.
A receita do Fundo foi de R$ 61,5 bilhões, e as despesas foram de R$ 38,1 bilhões. A arrecadação do FGTS líquida, no exercício de 2023, foi de R$ 33,1 bilhões, com aumento da arrecadação em 12,2% em relação ao exercício de 2022, totalizando R$ 175,4 bilhões. Já o volume de saques teve aumento de 12,6% em relação a 2022, totalizando R$ 142,3 bilhões.
A próxima reunião do conselho será em 6 de agosto e está prevista na pauta a deliberação sobre a distribuição do resultado positivo do Fundo em 2023 para crédito nas contas dos trabalhadores.
Ainda em 2023, por força da alteração decorrente da Emenda Constitucional n° 126, de 21 de dezembro de 2022, as contas vinculadas de origem Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Públic (PIS/PASEP), que não foram reclamadas por prazo superior a 20 anos, foram encerradas.
Nesse sentido, houve a migração de R$ 10,5 milhões de cotas PIS/PASEP para o Ministério da Fazenda e R$ 25,9 bilhões foram transferidos ao Tesouro Nacional, garantindo aos interessados o direito de reclamar o ressarcimento à União no prazo de até cinco anos.
Ainda de acordo com a Caixa, os ativos do FGTS totalizaram R$ 704,3 bilhões, valor 8,5% acima do ativo do exercício de 2022. Desse valor, R$ 488,6 bilhões correspondem a operações de crédito, sendo R$ 444,3 bilhões em habitação, R$ 17,7 bilhões em infraestrutura, R$ 25 bilhões em saneamento e R$ 1,6 bilhões em saúde.
O passivo do Fundo totalizou R$ 578,5 bilhões, e o patrimônio líquido do FGTS totalizou R$ 125,8 bilhões no exercício de 2023.