Em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, integrantes da associação informaram que aproximadamente R$ 75 bilhões estão destinados a ampliação e modernização de plantas, além da construção de novas unidades em todo o Brasil.
Os outros R$ 45 bilhões são destinados para pesquisa e desenvolvimento. O Brasil Mais Produtivo foi outro programa apontado pelo ministro do MDIC que pode impulsionar micro e pequenas indústrias de alimentos.
O setor automotivo também anunciou aportes de cerca de R$ 130 bilhões em suas fábricas do Brasil nos últimos meses.
No encontro, ministro Geraldo Alckmin destacou que os investimentos anunciados pela indústria de alimentos estão alinhados com os programas governamentais Brasil Mais Produtivo e o Depreciação Acelerada, para impulsionar a produtividade da indústria brasileira:
"Como é um setor que está crescendo, diminuiu a ociosidade na indústria, vai ter que investir. Então, com a Depreciação Acelerada, você estimula a renovação de máquinas e equipamentos para diminuir Custo Brasil, melhorar a produtividade, competitividade, descarbonização e eficiência energética", explicou o ministro.
Alckimin destacou que o Brasil é o maior exportador de alimento industrial do mundo e o programa Brasil Mais Produtivo é para micro, pequena e média empresas que representam 94% da indústria de alimentos.
No primeiro semestre, o setor de alimentos alcançou US$ 32,2 bilhões (cerca de R$ 166 bilhões) em exportação de alimentos industrializados, um crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro semestre deste ano, o setor cresceu 3,3%.
O presidente-executivo da ABIA, João Dornellas, destacou que a indústria de alimentos brasileira também exporta para 190 países:
"O Brasil era considerado o celeiro do mundo, e agora, com muito orgulho, podemos dizer também que nós passamos a ser o supermercado do mundo, posto que somos o maior exportador de alimento industrializado, já pronto para o consumo”, ressaltou Dornellas.
As indústrias brasileiras de alimentos e bebidas congregam 41 mil empresas que processam 61% de tudo o que é produzido no campo, 273 milhões de toneladas de alimentos por ano, e representam 10,8% do PIB do país.