As informações foram veiculadas pelo portal Axios. Segundo o veículo, os principais democratas, incluindo alguns dos próprios assessores de Biden, acreditam que o presidente está suavizando sua oposição à renúncia e pode fazer isso já neste fim de semana.
Ao Axios, um assessor sênior de Biden disse que, "nos últimos dias, o presidente se tornou mais comprometido em permanecer na disputa".
O vice-gerente de campanha de Biden, Quentin Fulks, disse aos repórteres nesta quinta-feira (18) que o presidente "não está vacilando em nada".
O que estamos ouvindo: "Acho que acabou", disse um democrata sênior da câmara que, como outros citados nessa história, obteve anonimato para falar abertamente sobre a dinâmica interna do partido.
"Uma mudança no topo da chapa assumiu uma aura de inevitabilidade", disse o deputado Ritchie Torres ao veículo.
Biden e a pressão para desistência
No dia 27 de junho, Biden, de 81 anos, parecia confuso e incoerente durante o seu primeiro debate com Donald Trump, de 78 anos, reforçando, em vez de aliviar, as preocupações constantes sobre as suas capacidades cognitivas. O seu mau desempenho levou alguns políticos democratas e doadores a apelarem por sua remoção como candidato.
Entre seus correligionários, surgiu um desejo crescente de que outro candidato fosse nomeado para substituir Biden, após o fracasso no embate televisivo. Teoricamente o partido terá essa oportunidade na sua convenção, em agosto, mas, na prática, será difícil retirar o candidato vencedor das primárias da corrida se ele próprio não se recusar a participar.
O segundo debate Biden-Trump está marcado para 10 de setembro. As eleições presidenciais dos EUA acontecerão em 5 de novembro.