A investigação descobriu usos indevidos de fundos que haviam sido orçados para a compra de vários bens, incluindo madeira, eletricidade, gás natural, móveis e serviços para as necessidades do Exército ucraniano, disse o gabinete do procurador-geral da Ucrânia em um comunicado, citado pela Bloomberg.
Esse é o exemplo mais recente de repressão das agências policiais da Ucrânia em um país conhecido pela corrupção endêmica. As detenções acontecem enquanto Kiev luta para garantir aos doadores ocidentais que está usando a assistência corretamente.
Alegações de corrupção e peculato contra várias autoridades, incluindo as dos altos escalões, abalaram uma sociedade desgastada pelo conflito em curso.
Essas questões também preocupam os aliados de Kiev, liderados pelos Estados Unidos, que forneceram dezenas de bilhões de dólares em assistência financeira e militar, ressalta a mídia.
Em abril, um aviso de suspeita da Agência Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU, na sigla em inglês) foi emitido contra Nikolai Solsky, que supervisionou as exportações de grãos da Ucrânia desde que assumiu o cargo, em fevereiro de 2022. O esquema vinculado a Solsky envolve a apreensão de cerca de 2.500 hectares de terras na região de Sumy, no norte da Ucrânia.
Em junho, o procurador-geral do país, Andrei Kostin, determinou a abertura de uma investigação oficial contra o seu vice, Dmitry Verbitsky. Pelo menos outros dois órgãos públicos ucranianos também realizam apurações contra Verbitsky, que possui um cargo no alto escalão do regime, conforme noticiado.