"Opto pela lógica do desarmamento e do apaziguamento… Se estivesse no Palácio do Eliseu, certamente me retiraria de forma sistemática e organizada do comando militar conjunto, da OTAN", disse Mélenchon.
Ainda assim, o político não pararia de ajudar a Ucrânia em seu conflito com a Rússia. "Somos europeus, não somos NATOistas."
"Os tratados europeus estipulam que a nossa defesa contra os agressores é coletiva. Portanto, as medidas tomadas pela União Europeia para ajudar a Ucrânia provavelmente mereceriam a nossa aprovação."
A saída do país da OTAN é pedida também por outros políticos, como Florian Philippot, líder do partido eurocético francês Os Patriotas, que no final de junho apelou à retirada da França da OTAN depois de a Ucrânia ter lançado um ataque mortal com mísseis em uma praia movimentada na Crimeia.
A França Insubmissa encabeça a coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP). Através de uma aliança com a frente presidencial de Emmanuel Macron, Juntos (Ensemble), as duas ideologias derrotaram eleitoralmente o partido de direita Reagrupamento Nacional nas últimas eleições parlamentares, ocorridas no dia 7 de julho.
Como consequência, o primeiro-ministro, Gabriel Attal, apontado por Macron, renunciou ao cargo. Caberá agora à NFP apresentar um novo primeiro-ministro para gerir o país.
A França possui um sistema semipresidencialista, no qual o poder Executivo é dividido entre o presidente, em cargo da política externa e defesa, e o primeiro-ministro, a quem cabe gerir toda a política interna.
Em poucas ocasiões na história da Quinta República francesa houve um caso como o de agora, no qual o primeiro-ministro pertencerá a outro partido que não o do presidente. No país essa situação é chamada de coabitação.
As próximas eleições presidenciais da França estão marcadas para acontecer em 2027.