Panorama internacional

À mídia britânica, militar ucraniano relata uso de 'drone isca' russo que descobre posições de Kiev

A Rússia começou a incluir novos drones em seus ataques de longo alcance contra a Ucrânia, que funcionam como iscas para identificar as defesas aéreas de Kiev, disse um oficial de espionagem ucraniano à Reuters.
Sputnik
Os novos tipos de drones, que Moscou usou em cinco ataques com drones nas últimas duas a três semanas, incluindo um ataque noturno na quinta-feira (25), são produzidos a partir de materiais como espuma de plástico e madeira compensada, disse a autoridade à agência britânica.
O material de baixo custo é justificável a partir do momento que o uso dos drones não é necessariamente para ataque, mas sim, para descobrir posições do adversário. Acoplados a esses drones, há uma câmera e um cartão SIM de celular ucraniano para enviar imagens ao Exército russo.

"Eles identificam onde nossos grupos móveis estão posicionados, onde estão as metralhadoras que podem destruí-los. Eles estão tentando [...] obter uma imagem de onde todas as nossas defesas aéreas estão localizadas", disse Andrei Chernyak, um porta-voz da agência de espionagem militar.

Os detalhes não divulgados anteriormente de Chernyak são mais uma evidência de que a Rússia busca adaptar suas táticas e testar novas tecnologias para ganhar vantagem durante seus ataques diários com mísseis e drones contra cidades e infraestrutura ucranianas, escreve a mídia.
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A Ucrânia, que vem apelando ao Ocidente para fornecer mais defesas aéreas para repelir o aumento dos ataques aéreos russos contra suas instalações de energia desde março, tenta arduamente esconder a localização de seus sistemas de defesa aérea.
Ainda segundo Chernyak, o novo tipo de drone não contém carga explosiva ou contém apenas uma pequena carga e está sendo usado como isca, como é praticamente indistinguível de um drone de ataque comum visto do solo, o equipamento ainda precisa ser abatido, revelando onde os sistemas de defesa aérea da Ucrânia estão localizados, acrescentou o militar.
Ele disse que os novos veículos aéreos não tripulados provavelmente custam apenas US$ 10 mil (R$ 56,6 mil) cada, apesar de seu longo alcance, o que os torna muito mais baratos de produzir do que mísseis de defesa aérea.
Os drones também podem voar a uma altitude de 1.000 metros, ficando fora do alcance de metralhadoras e rifles automáticos, disse Chernyak à mídia.
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