A licitação da Marinha do Brasil para concessão será lançada neste ano e vai vigorar até 2044, relata a coluna de Guilherme Amado no portal Metrópoles.
A fábrica produz todas as munições de médio e grosso calibres usadas pela força brasileira.
Fundada em 1982 e localizada em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a fábrica é gerenciada desde 1996 pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), estatal da Marinha.
A Marinha e a Emgepron apresentaram os detalhes da proposta em São Paulo há dois dias. O advogado Márcio Gea, do escritório Motta Fernandes, que atua no contrato, afirmou que o negócio terá cifras bilionárias.
"Estamos falando de um negócio de bilhões de reais. A fábrica é uma das principais produtoras de artefatos militares do mundo. E, a partir de sua concessão à iniciativa privada, certamente vai gerar mais receita para o país graças às suas exportações e gerar ainda mais postos de trabalho", afirmou Gea, citado pela mídia.
Além de abastecer o mercado interno, a Almirante Jurandyr da Costa Müller de Campos exporta munições navais e terrestres para países vizinhos, assim como para nações da Ásia e da África.
A ação acontece em meio a negociações da Avibras, outra empresa brasileira que fabrica produtos de defesa, e que pode vender parte de suas ações a uma empresa de capital estrangeiro.