De acordo com o jornal O Globo, na última sexta-feira (26), os usuários descobriram que seus posts no site, bem como suas interações com o chatbot Grok, estavam sendo usadas automaticamente para "treinamento e ajuste fino" dos sistemas da xAI, a empresa de inteligência artificial do bilionário Elon Musk, dono do X, sem autorização explícita para o compartilhamento de dados.
A Comissão de Proteção de Dados da Irlanda, o regulador responsável por manter as empresas de Internet sob a lei de privacidade da União Europeia (UE), disse que estava em contato com o X "por meses" para se inteirar sobre seus planos de empregar os dados de seus usuários para criar sistemas de IA.
A prática adotada pela rede social de Musk foi criticada no Brasil pelo Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), que alerta que a mudança na rede social X teria ocorrido sem informação ou consentimento prévio dos usuários.
"Concretamente, vemos um design malicioso: há uma pré-seleção da opção de que os consumidores aceitariam o uso de seus dados para fins de tratamento de IA. Esse consentimento não deveria ser pressuposto e, sim, explícito. O Idec destaca sua indignação ao ver mais uma 'big tech' explorando consumidores para fins de crescimento de seu poder econômico", disse o órgão em um comunicado citado pela mídia.
No fim de junho, o Idec notificou a Meta (as atividades da Meta são proibidas na Rússia por serem consideradas extremistas), dona do Facebook, Instagram (plataformas proibidas na Rússia por extremismo) e WhatsApp, por utilizar dados de consumidores para fins de treinamento de sua inteligência artificial generativa.