A descoberta foi anunciada pela Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem da área metropolitana de Nápoles, escreve Arkeonews.
A câmara de 2.000 anos do Túmulo de Cérbero com afrescos vívidos muitíssimo bem preservados, foi descoberta no ano passado em Giugliano, perto de Nápoles. Usando uma microcâmera, os pesquisadores conseguiram espreitar para dentro do sarcófago, revelando restos de um corpo deitado de costas coberto por um sudário e cercado de objetos funerários, incluindo vasos de cerâmica, recipientes com unguentos e estrígis (pequenos objetos para limpar a pele).
Interior de sarcófago com vasos de cerâmica e mortalha mineralizada no Túmulo de Cérbero
A preservação excepcional do enterro é atribuída às condições únicas da câmara selada. O pano foi mineralizado, oferecendo uma rara oportunidade para análise detalhada. A construção cuidadosa do túmulo, junto com a presença de importantes bens funerários, sugere que o falecido era uma figura proeminente, possivelmente o chefe da família para quem o túmulo foi construído.
"O Túmulo de Cérbero continua fornecendo informações valiosas sobre a área Phlegraean perto de Liternum, ampliando o conhecimento do passado e oferecendo oportunidades para pesquisa multidisciplinar," declarou o superintendente Mariano Nuzzo.
Vale destacar que na parte superior da tumba, as paredes são decoradas com afrescos de cores variadas.
Um dos afrescos encontrados representa um cão de três cabeças, conhecido como Cérbero e que protegia a entrada do mundo dos mortos, daí a origem da denominação "Tumba de Cérbero".