Israel e EUA culparam o Hezbollah, e as Forças de Defesa de Israel (FDI) já lançaram ataques de retaliação. O Hezbollah negou o envolvimento.
Uma guerra em larga escala entre Israel e o Hezbollah ameaça devastar ambos os lados e se transformar em uma guerra regional, e as potências mundiais devem fazer tudo ao seu alcance para evitar que tal eventualidade ocorra, disse à Sputnik Joseph Helou, professor assistente de Ciências Políticas e Assuntos Internacionais da Universidade Americana Libanesa, comentando a situação precária na região após o ataque no sábado em Majdal Shams.
"Desde 7 de outubro de 2023, o Hezbollah se juntou à guerra em apoio a Gaza. Desde então, vários momentos críticos pareceram se apresentar como o ponto de inflexão que poderia escalar em uma guerra em larga escala na região. No entanto, tanto o Hezbollah quanto Israel parecem limitar essa guerra a 'regras de engajamento' implícitas, restringindo os combates ao sul do Líbano e ao norte de Israel, com violações ocasionais dessas regras, mas sem chegar à ponta do iceberg", explicou o professor.
"Acredito que uma prolongada invasão terrestre do sul do Líbano vai atrair vários atores estrangeiros ao pântano", alertou o acadêmico, salientando que tanto o Hezbollah como Israel, por direito próprio, "possuem enormes capacidades militares que poderiam provocar uma guerra total bastante destrutiva para ambos os lados".
A comunidade internacional deve continuar os "fortes esforços diplomáticos" que estão sendo feitos "para extinguir a conflagração" antes que ela se se intensifique ainda mais, disse o dr. Helou. "Embora isso não exclua a possibilidade de um ataque em larga escala, isso promove um ambiente no qual as partes em conflito têm que recalcular seus movimentos."