Panorama internacional

Analista: ataque às Colinas de Golã ameaça provocar 'guerra em larga escala' e atrair outros países

Semanas de tensões crescentes entre o Hezbollah e Israel se transformaram em violência mortal no sábado (27) depois que uma vila drusa nas Colinas de Golã ocupadas por Israel foi atingida por um projétil, matando 12 pessoas.
Sputnik
Israel e EUA culparam o Hezbollah, e as Forças de Defesa de Israel (FDI) já lançaram ataques de retaliação. O Hezbollah negou o envolvimento.
Uma guerra em larga escala entre Israel e o Hezbollah ameaça devastar ambos os lados e se transformar em uma guerra regional, e as potências mundiais devem fazer tudo ao seu alcance para evitar que tal eventualidade ocorra, disse à Sputnik Joseph Helou, professor assistente de Ciências Políticas e Assuntos Internacionais da Universidade Americana Libanesa, comentando a situação precária na região após o ataque no sábado em Majdal Shams.

"Desde 7 de outubro de 2023, o Hezbollah se juntou à guerra em apoio a Gaza. Desde então, vários momentos críticos pareceram se apresentar como o ponto de inflexão que poderia escalar em uma guerra em larga escala na região. No entanto, tanto o Hezbollah quanto Israel parecem limitar essa guerra a 'regras de engajamento' implícitas, restringindo os combates ao sul do Líbano e ao norte de Israel, com violações ocasionais dessas regras, mas sem chegar à ponta do iceberg", explicou o professor.

Panorama internacional
Hezbollah ataca posições israelenses na fronteira com o Líbano
"Acredito que uma prolongada invasão terrestre do sul do Líbano vai atrair vários atores estrangeiros ao pântano", alertou o acadêmico, salientando que tanto o Hezbollah como Israel, por direito próprio, "possuem enormes capacidades militares que poderiam provocar uma guerra total bastante destrutiva para ambos os lados".
A comunidade internacional deve continuar os "fortes esforços diplomáticos" que estão sendo feitos "para extinguir a conflagração" antes que ela se se intensifique ainda mais, disse o dr. Helou. "Embora isso não exclua a possibilidade de um ataque em larga escala, isso promove um ambiente no qual as partes em conflito têm que recalcular seus movimentos."
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