A comissão, que recebeu apoio administrativo e analítico do think tank RAND Corporation, foi encarregada de examinar e fazer recomendações com base na Estratégia de Defesa Nacional dos EUA.
"O Estados Unidos enfrentam as ameaças mais graves e desafiadoras desde o final da Segunda Guerra Mundial. […] podem, em pouco tempo, ser envolvidos em uma guerra em múltiplos cenários com adversários de igual ou quase igual poder, e poderiam perder", disse o think tank em declaração sobre o relatório da comissão.
O relatório afirma que as Forças Armadas dos EUA carecem tanto das capacidades quanto dos recursos necessários para dissuadir e prevalecer em combate.
O estudo destacou que China e Rússia estão fundindo força militar, diplomática e industrial para expandir seu poder global, a fim de "avançar e coagir" vizinhos na região. O relatório afirma que a China continua a ser o "principal desafio" para os interesses dos Estados Unidos e sua ameaça militar só faz aumentar.
As conclusões apontam que os EUA precisam adotar uma abordagem integrada semelhante para enfrentar China e Rússia.
O relatório delineou ainda que a Rússia pretende ultrapassar a disposição dos países ocidentais em apoiar a Ucrânia e buscar resultado favorável para o conflito, observando que, se a Rússia conseguisse controlar a Ucrânia, suas fronteiras com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se expandiriam do Ártico até o mar Negro, demandando ainda mais investimentos da OTAN.
O Congresso dos Estados Unidos deveria aprovar um projeto de lei de crédito suplementar para iniciar um investimento plurianual na base industrial e na inovação em segurança nacional, segundo o relatório.
Entre as opções recomendadas para melhorar a prontidão militar dos EUA estão o aumento de satélites espaciais, veículos subaquáticos e um significativo "impulso" na presença avançada na Europa Oriental.