"Continuamos a pedir que as autoridades eleitorais da Venezuela divulguem resultados de votação completos, transparentes e detalhados, inclusive por seção eleitoral. Também estamos revisando outros dados eleitorais compartilhados por organizações da sociedade civil e os relatórios de monitores eleitorais internacionais", disse Watson em um comunicado.
A porta-voz disse que tais medidas são necessárias, considerando que os resultados eleitorais anunciados pelo Conselho Eleitoral Nacional (CNE) da Venezuela "não refletem a vontade do povo venezuelano".
A eleição presidencial do último domingo (28) terminou com a vitória do presidente Nicolás Maduro, que ganhou um terceiro mandato. O anúncio dos resultados desencadeou protestos na capital Caracas, com confrontos relatados entre a polícia e apoiadores da oposição. O governo venezuelano acusou vários países de interferência eleitoral.
A vitória de Maduro foi questionada por EUA, Canadá, além de diversos países da América Latina. Os presidentes de Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, em carta conjunta, solicitaram uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA) e exigiram a revisão completa dos resultados da votação por observadores eleitorais independentes.
Em resposta, o governo venezuelano chamou de volta seus diplomatas dos países latino-americanos que não reconheceram os resultados da eleição presidencial. Também instou os países a chamarem de volta seus representantes que trabalhavam em Caracas.
A vitória eleitoral de Maduro foi reconhecida por Rússia, China, Belarus, Irã, Nicarágua, Cuba e Bolívia, entre outros países.