A Hungria publicou uma atualização das regras de vistos para cidadãos de oito países, incluindo a Rússia e Belarus, que lhes permitirá entrar sem verificações de segurança ou outras restrições, segundo o Financial Times (FT).
Weber enviou uma carta obtida pela apuração do FT ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em que apela à UE para "adotar as medidas mais rigorosas para proteger imediatamente a integridade do espaço Schengen [sem fronteiras], limitar o risco de segurança que já surgiu e impedir que os Estados-membros tomem iniciativas semelhantes no futuro".
Weber também pediu a Michel que abordasse as ações da Hungria na cúpula de outubro dos líderes dos Estados da UE, argumentando que o plano de Budapeste criaria "sérias lacunas para atividades de espionagem" e representaria "um sério risco para a segurança nacional".
No início de julho, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, realizou uma viagem de "missão de paz" a Rússia, Ucrânia e China, reunindo-se com seus líderes, para apresentar a sua visão de um processo de paz ucraniano. Ele também se encontrou com o candidato presidencial dos EUA, Donald Trump, na Flórida. Alguns líderes da UE criticaram Orbán, considerando um abuso da presidência rotativa do Conselho da UE.
O premiê húngaro, que atualmente ocupa a presidência rotativa do bloco, argumentou que não se tratava de uma visita da autoridade europeia e sim da liderança húngara.