Nas últimas semanas, funcionários norte-americanos acusaram Rússia, Irã e China de recrutarem pessoas para espalhar propaganda a favor de seus interesses antes das eleições presidenciais nos EUA.
Li Haidong, professor da Universidade de Assuntos Exteriores da China, disse ao Global Times que as recentes campanhas de difamação contra os três países são táticas usadas por Washington para tratar dos problemas internos culpando forças externas.
O especialista acrescentou ainda que, ao transferir a culpa do caos de suas próprias eleições para partes externas, os Estados Unidos mostram que as elites políticas norte-americanas "não têm verdadeira intenção de abordar seus problemas internos. Em vez disso, esperam desviar a atenção criando animosidade contra outros países".
Na última atualização sobre a segurança eleitoral, após o atentado contra o ex-presidente Donald Trump, o escritório do diretor de Inteligência Nacional dos EUA revelou que alguns cidadãos do país têm ajudado conscientemente governos estrangeiros a "semear, promover e adicionar credibilidade às narrativas que servem aos interesses de atores estrangeiros".
De forma similar, o relatório aponta que o governo chinês colaborou com uma empresa de tecnologia para melhorar suas "operações de influência encoberta, incluindo a criação mais eficiente de conteúdo que se conecte com as audiências locais", disseram funcionários anônimos citados pela Bloomberg.
Em resposta, Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, declarou nesta terça-feira (30) que o país nunca interferiu nem interferirá nas eleições de Washington.
"Nós nos opomos firmemente a que os Estados Unidos difundam informações falsas para difamar a China e transformar Pequim em um problema nas eleições americanas”, disse o porta-voz.
Já o Kremlin classificou como absurdas as alegações dos serviços de inteligência norte-americanos de que a Rússia pretende se intrometer nas eleições presidenciais e enfatizou que os espiões dos EUA tentam apresentar a Rússia como um inimigo, informou a Reuters.