Falando em uma entrevista coletiva na Letônia nesta terça-feira (30), Bettel disse que se tais medidas afetam consumidores em outras nações, então "outros países também precisam estar presentes ou pelo menos ser informados".
"Devemos evitar criar novas tensões onde tornamos muito fácil para outros países, e, especialmente, desta vez, para Hungria e Eslováquia, dizerem que não concordam", disse Bettel. Isso, por sua vez, pode levar a sanções e restrições entre os países, disse o chanceler, citado pela Bloomberg.
Em junho, a Ucrânia endureceu as sanções contra a Lukoil, proibindo efetivamente a empresa petrolífera russa de usar o país como rota de trânsito para alguns clientes na Europa Central. A Hungria pediu à União Europeia (UE) para ajudar a intermediar uma solução com Kiev.
A repreensão ao governo ucraniano por um parceiro europeu sobre uma disputa crescente ocorre depois que Budapeste alertou que o país pode enfrentar escassez de combustível já em setembro e ameaçou retaliar.
Bettel também criticou a viagem do premiê Viktor Orbán à Rússia: "Quando você quer paz, você começa com as vítimas e não apenas com os agressores".
No entanto, Orbán também foi a Kiev e se encontrou com Vladimir Zelensky depois que a Hungria chegou à presidência rotativa da UE, cargo que ocupará até 31 de dezembro.
Também nesta terça-feira, o porta-voz da chancelaria ucraniana, Georgy Tikhiy, disse que Kiev está em contato próximo com a Comissão Europeia e pronta para participar de consultas para resolver a disputa se o executivo da UE decidir sobre elas, relata a mídia.