O comunicado continua, dizendo que o Brasil acompanha "com extrema preocupação a escalada de hostilidades entre Israel e o braço armado do partido libanês Hezbollah".
"A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva à espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países", salienta.
A nota finaliza, exortando as autoridades israelenses e o Hezbollah a se absterem de ações que possam vir a expandir o conflito, com consequências imprevisíveis para a estabilidade do Oriente Médio e a segurança internacional.
ONU 'profundamente' preocupada
O Escritório do Coordenador Especial das Nações Unidas para o Líbano (UNSCOL, na sigla em inglês), chefiado por Jeanine Hennis-Plasschaert, declarou profunda preocupação com o ataque, que ocorreu em um subúrbio "densamente povoado". A coordenadora especial ressaltou mais uma vez que não existe solução militar e apela a Israel e ao Líbano que usem as vias diplomáticas para buscar retorno à cessação de hostilidades.
No sábado passado (27), um foguete disparado contra o município de Majdal Shams, nas Colinas de Golã ocupadas por Israel, atingiu um campo de futebol, matando 12 crianças entre dez e 16 anos de idade e deixando 30 feridos. Tel Aviv culpou o Hezbollah pelo ataque.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmam que o foguete disparado foi um Falaq-1 de fabricação iraniana com uma ogiva contendo mais de 50 quilos de explosivos. Uma fonte de alto escalão do Hezbollah garantiu à Sputnik que o movimento não tem ligação com o ataque a Majdal Shams.
Em retaliação, a Força Aérea Israelense atacou depósitos de armas e outros alvos do Hezbollah na noite de sábado (27) para domingo (28) e 15 cidades ao leste e ao sul do Líbano com artilharia pesada, segundo o canal de TV Al Manar.
O premiê libanês, Najib Mikati, disse ontem que o Líbano reserva-se o direito de tomar todas as medidas para impedir a agressão israelense.