"A situação atual nos Estados Unidos é um desafio. Há riscos que não podem ser previstos. Se Donald Trump vencer, não sabemos qual será o nosso diálogo. Costumava ser bastante razoável, mas não sabemos o que acontecerá depois da eleição", disse Zelensky nesta quarta-feira (31) ao jornal Le Monde.
Apesar da dúvida e eminente preocupação em relação a uma eventual vitória de Trump, Zelensky mostrou que acredita que a maioria no Congresso dos EUA continuará a apoiar a Ucrânia.
A eleição presidencial dos Estados Unidos será realizada no dia 5 de novembro. No início de julho, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou sua retirada da corrida presidencial e indicou a atual vice-presidente, Kamala Harris, para ser a representante do Partido Democrata.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump garantiu sua indicação pelo Partido Republicano no início deste mês e escolheu o senador de Ohio J. D. Vance como companheiro de chapa. A escolha por Vance foi descrita como um "desastre" para a Ucrânia por autoridades da União Europeia (UE). Vance tem sido incisivo em sua oposição ao fornecer ajuda adicional a Kiev.
Em maio, Trump afirmou que acabaria com o conflito na Ucrânia em 24 horas e teria reiterado sua intenção de acabar com o conflito em um telefonema com Zelensky. No início deste mês, o diretor de comunicação da campanha de Trump, Steven Cheung, confirmou que negociar o fim do conflito na Ucrânia será "uma das principais prioridades no segundo mandato [de Trump] e será negociar rapidamente um fim" para o conflito entre Rússia e Ucrânia.