"A perspectiva de uma nova corrida armamentista nuclear é claramente visível, e em novas áreas. Não apenas no nível da tríade nuclear estratégica clássica, mas também no nível de novos meios de lançamento de armas nucleares, tanto estratégicas, de alcance intercontinental quanto de médio alcance", disse Batyuk.
Outro especialista, professor associado de teoria política do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou, Ivan Timofeev, disse à Sputnik que as condições prévias para uma nova dimensão da corrida armamentista surgiram agora.
Segundo ele, tanto a Rússia quanto os Estados Unidos inevitavelmente vão aumentar suas capacidades de mísseis nucleares no segmento de mísseis de curto e médio alcance.
"É claro que isso afeta a estabilidade estratégica e aumenta as incertezas e os riscos em relação às duas potências nucleares. O colapso do regime de controle de armas, que ocorreu no contexto de uma crise mais profunda nas relações entre a Rússia e os Estados Unidos, da Rússia e do Ocidente coletivo, reduz a segurança e a previsibilidade no relacionamento", explicou.
O dia 2 de agosto marcará cinco anos do término do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês), concluído entre a União Soviética e os Estados Unidos em 1987. De acordo com o tratado, as partes se comprometeram a não produzir, testar ou implantar mísseis balísticos e de cruzeiro terrestres de alcance curto e intermediário.
O tratado entrou em vigor em 1º de junho de 1988 sem prazo de vigência até ser rescindido pela retirada unilateral dos EUA em 2019.