"Os eventos e conversas nos últimos dias confirmaram minha impressão de que se trata de um processo coordenado a partir de Bruxelas", disse Szijjarto.
Ao se questionado se acredita se acredita que Bruxelas instruiu Kiev a proibir o trânsito, o chanceler foi enfático: "Acredito que sim".
Segundo Szijjarto, a União Europeia (UE) "não pôde aceitar o fato de que a Hungria, apesar de toda a pressão, não se rende e continua sua política voltada para estabelecer a paz".
O chefe da diplomacia húngara afirma ainda que o bloco "está muito enfraquecido, mas não o suficiente para não conseguir influenciar um país candidato [à adesão ao bloco] que põe em risco o fornecimento de energia de dois países membros", acrescentou.
No final de julho, Szijjarto informou que a Hungria parou de receber o petróleo da Lukoil através do oleoduto Druzhba, que atravessa parte da Ucrânia, devido às sanções de Kiev contra a empresa.
O ministro deixou claro que, se o problema não for resolvido, Budapeste levará a questão a uma comissão de arbitragem e bloqueará a alocação de 6,5 bilhões de euros (R$ 40,6 bilhões) pelo Fundo Europeu de Apoio à Paz para financiar o envio de armas à Ucrânia.
O Ministério da Fazenda eslovaco também informou que a república parou de receber petróleo da russa Lukoil devido à suspensão do trânsito pela Ucrânia.
Já a chancelaria russa denunciou que o trânsito de recursos energéticos se tornou para Kiev uma oportunidade de manipulação.
Por sua vez, o vice-primeiro-ministro russo para o Complexo de Combustível e Energia e Bloco Econômico, Aleksandr Novak, declarou que a Rússia está se esforçando para garantir que seus parceiros continuem recebendo petróleo russo através do oleoduto Druzhba.