Além dos diplomatas brasileiros, Múcio revelou que os militares poderão proteger a embaixada da Argentina e também diplomatas do Peru, que pediram custódia do Brasil em seus prédios e assuntos diplomáticos.
O envio de militares à Venezuela, no entanto, dependeria do aval do governo Maduro, o que ainda não ocorreu, segundo o ministro.
"Ontem [na quinta-feira, 1º] fui conversar com o chanceler Mauro Vieira para dizer que nós já estávamos com pessoal pronto, disponível, avião e tudo para levar para guarnecer a nossa chancelaria, a nossa embaixada e a segurança pessoal da embaixadora. Depois surgiu o problema de que nós iriamos guarnecer a Embaixada da Argentina. Ontem à noite surgiu a Embaixada do Peru. Estamos prontos para embarcar o pessoal que for necessário, mas ainda não tive sinalização", disse Múcio em entrevista à revista.
Ainda na entrevista, Múcio comentou a instabilidade no país vizinho e seus possíveis reflexos no Brasil. "Estamos preparados", afirmou o ministro.
O chefe da Defesa brasileira disse que, desde a crise entre a Venezuela e a Guiana por causa de Essequibo, as Forças Armadas reforçaram o contingente na divisa da região para proteger o território brasileiro de "qualquer desatino", relata a mídia.
Porém, Múcio frisou que as questões sobre Caracas estão sendo tratadas "via Itamaraty": "Para que seja uma questão da diplomacia brasileira e não uma questão militar", acrescentou.