O Burkina Faso condenou a publicação de um vídeo do Exército ucraniano expressando apoio aos autores do ataque terrorista no norte do Mali. O país também exortou a Ucrânia a não cometer erros, declarou no sábado (3) o Ministério das Relações Exteriores burquinense.
"O Ministério das Relações Exteriores da Cooperação Regional de Burkina Faso no Exterior tomou nota com indignação da publicação de um vídeo de propaganda do Exército ucraniano [...] prestando apoio inequívoco aos grupos terroristas responsáveis pelo ataque covarde e bárbaro perpetrado entre 25 de julho e 27 de outubro de 2024 em Tinzaouatène, no norte do Mali, contra as Forças Armadas do Mali", afirmou o ministério em um comunicado.
No comunicado, o ministério também fez um apelo à comunidade internacional para cobrar responsabilidade da Ucrânia por apoiar o terrorismo em um "contexto global onde há unanimidade sobre o imperativo de combater este flagelo".
No início do dia, Senegal convocou o embaixador ucraniano em Dakar para lhe lembrar das "obrigações de discrição, contenção e não interferência que devem acompanhar a seriedade e solenidade da sua missão".
Um vídeo de propaganda do Exército ucraniano, acompanhado de comentários de apoio ao ataque terrorista no Mali, foi publicado na página do Facebook (rede social que faz parte da Meta, cujas atividades na Rússia são proibidas por serem consideradas extremistas) da embaixada ucraniana em Dakar.