Panorama internacional

Analista: medidas de reforço das armas nucleares nos EUA só podem aproximar perspectiva de conflito

A implementação de medidas para aumentar o número de armas nucleares dos EUA a fim de conseguir paridade com a Rússia e a China só aumentará a probabilidade de um conflito nuclear, escreve William Hartung, analista do Instituto Quincy para a Política Responsável, em um artigo para a edição Responsible Statecraft.
Sputnik
Anteriormente, o think tank conservador Heritage Foundation publicou um relatório com propostas a incluir na estratégia nuclear para o futuro presidente dos EUA. O documento apela ao reforço das capacidades nucleares dos EUA através do aumento do número de submarinos com mísseis balísticos e ogivas adicionais para as forças de dissuasão estratégicas norte-americanas.
O relatório associou a necessidade de medidas para expandir o arsenal dos EUA aos sucessos de outras potências nucleares - a Rússia e a China.
"Bombas nucleares sem fim?" […] Eles estão promovendo um esquema que é tão inviável agora como era há 40 anos, e ainda assim insistem que seu plano é orientado para o futuro", comentou Hartung.
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De acordo com o analista, os autores do relatório estão presos no passado. As medidas que eles propõem não salvarão o mundo da guerra nuclear, mas apenas a aproximarão.
"Em vez de voltar à corrida armamentista da Guerra Fria, Washington deveria procurar maneiras de reduzir a tensão com seus principais rivais", disse Hartung.
No domingo (4), a chefe da Agência Nacional de Segurança Nuclear dos EUA, Jill Hruby, disse que o Pentágono recebeu mais de 200 armas nucleares modernizadas no ano passado. Este fornecimento se tornou o maior desde o fim da Guerra Fria. Em junho, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma estratégia nuclear revisada que se concentra na concorrência com outras potências.
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