Mídia britânica relatou que os militares russos provavelmente "destruirão os F-16 no solo com mísseis de longo alcance".
A Ucrânia recebeu os primeiros dez dos 79 caças F-16 um ano depois de o governo de Joe Biden ter concordado com a decisão dos aliados europeus de enviá-los, informou o jornal The Economist. Até o final de 2024, a Ucrânia terá 20 jatos em operação, acrescenta o artigo.
Mark Sleboda, analista de relações internacionais e segurança discutiu em conversa com a Sputnik a chegada dos F-16 à Ucrânia e o que pode ser esperado do seu uso.
"Zelensky está desesperado por atenção. Ele sente a atenção do mundo voltando para o Oriente Médio, para longe da Ucrânia. E ele é uma prima donna que não pode permitir isso. Então ele precisa lembrar a todos que ele conseguiu finalmente pôr a mão em um punhado de F-16 antiquados", disse Sleboda, acrescentando que o governo Biden vazou a notícia para a imprensa dos EUA porque eles querem que isso "se saiba".
"[A administração Biden] quer que se saiba que estamos falando de seis velhos F-16 europeus e estamos falando de seis pilotos ucranianos mal treinados. E, considerando que você precisa de dois pilotos para pilotar um desses aviões, isso significa que não há realmente necessidade nem de três aviões, mesmo supondo que eles não estejam todos no ar ao mesmo tempo", disse o analista.
"Estas são aeronaves antigas. Elas estão em desvantagem numérica em relação às aeronaves muito mais avançadas da Rússia e completamente superadas pela defesa antiaérea russa. Elas ficarão escondidas na Ucrânia Ocidental, em sua maior parte, e serão usadas para ajudar o regime de Kiev com os sistemas de defesa antiaérea ocidentais em colapso."
"[…] Certamente a Rússia fará tudo o que puder para caçá-los. Eles lançam regularmente mísseis em aeródromos na Ucrânia Ocidental, incluindo com munições cluster que certamente destruiriam esses aviões ou os aeródromos de onde eles decolam, o que é crítico para um F-16 que requer uma pista em estado perfeito."
"E há recompensas extremamente altas para as forças militares russas, para aqueles que derrubarem os F-16, financiados em grande parte por empresas russas", disse o analista. "Por isso, envie-os, por favor."