A força industrial do país, a crescente demanda no exterior e a diversificação de parceiros comerciais foram a razão pela qual o comércio internacional da China cresceu 6,2% em termos anuais, atingindo US$ 3,46 bilhões (R$ 19,5 bilhões) nos primeiros sete meses de 2024, estabelecendo um novo recorde em volume comercial.
O Global Times destaca que o crescimento chinês no setor reflete que a economia da gigante asiática "tem mantido uma dinâmica de crescimento constante, apesar de enfrentar desafios internos e externos", além de "desafiar as medidas protecionistas de países ocidentais e os flagrantes aumentos tarifários impostos sobre os produtos chineses".
Os analistas consultados pelo jornal afirmaram "que isso sublinha a resiliência, a competitividade e o vigor inerente à maior potência transformadora mundial, ao mesmo tempo que destaca o papel fundamental que a China desempenha como estabilizador e locomotiva da cadeia de abastecimento global".
O economista Tian Yun explicou ao Global Times que a taxa de crescimento de 6,5% que a China teve nos primeiros sete meses do ano é um bom presságio para o desenvolvimento do comércio no segundo semestre de 2024.
Por outro lado, Li Changan, professor da Academia de Estudos da Economia Aberta da China da Universidade de Negócios Internacionais e Economia, disse ao Global Times que espera que a economia continue a se recuperar no segundo semestre, e em uma trajetória firme para alcançar a meta de crescimento do produto interno bruto (PIB), em torno de 5%.
"A força do comércio amortecerá os ventos contrários, incluindo o aumento das tensões geopolíticas e as sombrias perspectivas econômicas globais, enquanto estímulos mais direcionados serão implementados após as principais conferências de definição de tom, injetando um novo ímpeto no desenvolvimento econômico", explicou Li.
A reportagem aponta que, nos primeiros sete meses deste ano, o comércio da China com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), a Ásia Central, a América Latina e a África totalizou 7,6 trilhões de yuans (R$ 5,97 trilhões), 9,8% a mais em relação ao ano anterior, e sua participação no comércio total aumentou em 1 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado.
Já o comércio com os parceiros da Iniciativa Cinturão e Rota e outros membros da Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês), aumentou 7,1% e 5,7% em termos anuais, respectivamente.