O comentário do vice-ministro das Relações Exteriores saudita, Waleed Al-Khuraiji, aconteceu durante uma reunião extraordinária de membros da Organização para a Cooperação Islâmica (OIC, na sigla em inglês).
Al-Khuraiji acrescentou que Riad rejeita "qualquer violação da soberania dos Estados ou interferência nos assuntos internos de qualquer país", segundo a Reuters.
A fala marca a primeira do reino, a maior potência da região ao lado do Irã, desde o assassinato do líder islâmico palestino na capital iraniana em 31 de julho.
Em declaração conjunta emitida hoje (7), os ministros da OIC condenaram o assassinato e culparam Israel pela ação.
"[A OIC] condena o assassinato do ex-primeiro-ministro palestino Ismail Haniya durante sua estadia na capital iraniana, Teerã, e responsabiliza Israel totalmente por essa agressão, que viola o direito internacional", disse o comunicado.
As ações de Israel são uma agressão perigosa contra a soberania e a segurança nacional do Irã, acrescentou a declaração.
Também nesta quarta-feira (7), autoridades iranianas pediram às companhias aéreas que evitem o espaço aéreo do país devido a exercícios militares, informou a emissora Egyptian Extra News, citando uma fonte do Ministério da Aviação Civil egípcio. O informe acrescentou que a notificação foi enviada às companhias aéreas civis de todo o mundo.
O Cairo também instruiu todas as companhias aéreas a evitar o espaço aéreo iraniano por um período de três horas na madrugada de quinta-feira (8), relata a Reuters.
Um aviso de segurança fornecido disse que a instrução estaria em vigor das 01h00 às 04h00 (22h00 às 00h00, no horário de Brasília), mas não forneceu mais detalhes sobre o motivo pelo qual o aviso foi emitido.
"Todas as transportadoras egípcias devem evitar sobrevoar Teerã. Nenhum plano de voo será aceito sobrevoando tal território", dizia o aviso, referindo-se ao período de três horas fornecido.
Uma autoridade egípcia informou à Al Qahera News, citada pela mídia, que "com base em um relatório das autoridades iranianas a todas as empresas de aviação civil, voos sobre o espaço aéreo iraniano devem ser evitados".
Muitas companhias aéreas estão revisando seus horários para evitar o espaço aéreo iraniano e libanês, além de cancelar voos para Israel e o Líbano, uma vez que muitos temem um possível conflito mais amplo após a morte de membros seniores do Hamas e do Hezbollah por forças israelenses.
Tanto o Irã quanto o grupo libanês "juraram vingança" contra Tel Aviv após os assassinatos.